A Flor da Verdade...

No passado distante, na China antiga, um príncipe se preparava para assumir o trono. Antes de assumir o comando da sua vasta nação, tomou a decisão de casar-se. Então, promoveu um rico e requintado banquete e convidou as moças mais nobres e mais belas de seu povo para o opíparo jantar. Uma jovem plebeia, filha de uma das serviçais do palácio, muito graciosa, nutria um amor verdadeiro pelo príncipe e desejou ardentemente participar desse luxuoso banquete. Sua mãe a desaconselhou, pois era plebeia e não tinha nem mesmo roupas adequadas para participar daquele requintado encontro. Com muita insistência, a jovem conseguiu fazer parte daquele grupo seleto de beldades. No dia determinado, num salão de rara beleza, reuniram-se as jovens mais nobres e mais belas da China, trajando vestes engalanadas. Entre elas, estava aquela jovem pobre, envergando os trajos nobre da dignidade. Para surpresa das moças, o príncipe não escolheu nenhuma dalas no banquete. Ao contrário deu a cada uma delas uma semente com a seguinte promessa: "Quem me trouxer daqui a um ano a flor mais bela dessa semente será a minha candidata para o casamento". A jovem pobre foi para casa, comprou um vaso, colocou nele terra e adubo e esperou com ansiedade brotar. Na primeira semana, nada aconteceu, nenhum sinal de vida. Passou-se um mês, e o vaso estava apenas cheio de terra. Findo o ano, a semente ainda estava mirrada no ventre daquele vaso cheio de terra. 
Chegara, enfim o dia de retornar ao palácio. A mãe da jovem plebeia tentou demover sua filha de ir ao encontro. Mas, com refinada educação e firmeza imperturbável, ela disse:"Mamãe, eu quero ir, pois pelo menos verei o príncipe mais uma vez". Tal não foi sua surpresa quando, ao chegar no banquete, viu as outras moças trazendo cada uma um vaso com flores belíssimas, mimosas, perfumadas, com pétalas aveludadas e multicoloridas. Humildemente, postou-se no final daquela fila tendo nas mãos apenas um vaso cheio de terra. O príncipe, com cavalheirismo irretocável, cumprimentou cada jovem, tecendo os devidos elogios às flores encantadoras. Até que chegou ao final da fila e viu a jovem plebeia com o vaso cheio de terra nas mãos. Para surpresa de todas, fez sua surpreendente e perturbadora declaração:"Eu vou me casar com esta jovem plebeia". As outras todas protestaram, mas o príncipe justificou:"Eu vou me casar com ela, porque a todas vocês eu dei uma semente estéril que não poderia brotar. Somente essa jovem foi fiel comigo. Somente nela eu poderei confiar". Aquela jovem, mesmo trazendo apenas um vaso cheio de terra nas mãos, mostrou ao príncipe a flor da verdade!

Essa bela estória foi retirada do livro Mulher Nota 10- Os passos de uma mulher bem sucedida, de Hernandes Dias Lopes.

Lição: CULTIVE A FLOR DA VERDADE!

Kaline Costa

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